Bom já sabemos que Miles inventou e re inventou o jazz como quis e nos deixou discos eternos. Mas depois do devastador e mais belo disco de jazz já gravado, " Kind Of Blue", Miles e seu trompete começaram a eletrificar o jazz . O trompetista montou seu novo time e foi dar início ao que conhecemos como Jazz Rock ou Fusion. Miles foi o jazzista que deu início ao novo movimento musical, e integrantes de sua banda , formariam tempos depois bandas fundamentais para a continuidade do jazz rock.
E como só um gênio como Miles poderia fazer , ele gravou um diferente disco , que não era para os fãs tradicionais do jazz ou amantes do rock e principalmente devotos do fusion. E sim um disco para quem gosta de um som que flui devagar , para quem aprecia o toque de um artista sensível o suficiente para deixar que o silêncio fale tão alto quanto a música , este é o disco In A Silent Way.
Este também é um disco para , Quem sabe saborear a liberdade única de músicos que conseguem trafegar pelos sons sem restrição, sendo este disco composto por duas peças longas , cada uma com cerca de 20 minutos de duração, temos um músico que explorou a exaustão sua musicalidade e a do final dos anos 60, a maestria dos teclados de Herbie Hancock e Chick Corea , o sax soprano de Wayne Shorter e a incrível atmosfera criada pelo tecladista Joe Zawinful. Do outro lado é simplesmente genial a contraposição entre as ondas de silêncio das melodias de Miles que são lindas mas subestimadas, e os aparentemente infinitos solos de guitarra de John Mclaughlin.
In A Silent Way se coloca no meio das incursões de Miles aos meios eletrônicos demais entusiasmadas e também pelo furor causado pelo Jazz Rock , que ele e seu supertalentoso grupo fariam na década seguinte, sendo a pedra fundamental para um estilo que teria seu momento máximo em Bitches Brew também de Miles Davis. Só uma coisa, três décadas depois o triunfo do álbum é completo e reconhecido por todos , mas você aí já tem o seu ?