quarta-feira, 27 de julho de 2011

Megadeth - Peace Sells... But Who´s Buying ?


Em 1986 Dave Mustaine , o dono do Megadeth, estava impulsionado pela raiva interior e a insegurança provocadas pela expulsão do Metallica , e lutando contra seu vício em heroína e o alcoolismo. Tendo sido incentivado pelos elogios da crítica ao 1º disco da banda , Killing Is My Business... And Business Is Good, Mustaine tinha o mundo a seus pés , e acabou por não desiludir ninguém com o lançamento do furioso 2º disco da banda Peace Sells.

Mostrando seus riffs acelerados e seu domínio técnico na guitarra, quem já o viu tocando ao  vivo ou assistiu algum dvd da banda sabe do que estou falando.  Era chegada a hora de Mustaine e Cia. mostrarem que o Megadeth tinha vindo para ficar.
Com o debut arrebatador, e com shows que acabaram arrebanhando mais fãs ainda, a banda tinha trabalho em dobro, mas essas preocupações parecem não ter passado na cabeça dos integrantes.
Logo de cara a banda mostra a que veio, com a bateria precisa de Samuelson e o baixo bem tunado de Ellefson a banda nos entrega o que se tornaria uma constante em shows. Wake Up Dead possui uma levada um pouco diferente da música de abertura do seu antecessor mais igualmente cativante e pesada. Pela segunda vez Mustaine escrevia uma música sobre Diana (agora sua amante ao invés de apenas paixão recolhida), mas de romantismo a música não tem nada.
Logo em seguida aparece com um timbre um tanto quanto sinistro, The Conjuring. De repente a música embala e nos leva a uma mescla de velocidade e técnica que beira a perfeição. E a música assim segue até o final, com mescla de melodia e fúria, onde é quase impossível manter o pescoço parada. Em seguida temos a faixa título, com um baixo forte e marcante no inicio, e que seria uma marco na história da banda. Com uma letra impactante, com fortes criticas ao governo Americano, e uma groove única a música já estava fadada a virar um dos medalhões da banda.
Até agora tudo bem, mas conseguiria a banda segurar a peteca o álbum todo?
A resposta vem com Devils Island, música baseada no filme Papilon. Cadencia no inicio e um verdadeiro blitzkrieg sonoro pelo resto da música, com destaque especial para o trabalho da cozinha da banda, bateria e baixo em perfeita sincronia.
Emendada ao ataque sonoro a banda reduz a velocidade com a intro Good Mourning, mas essa redução na velocidade dura pouco pois a banda logo mete o pé no acelerador com a música Black Friday, guitarras esmerilhando num som frenético e Samuelson mais uma vez espancando sua bateria sem dó.
A esse ponto pescoços já doem, até então a façanha de superar os obstáculos já tinha sido derrubada. Então a banda, vem num tom mais conservador, para não dizer que estamos frente a uma música fraca. Bad Omen é boa, tem seus momentos, bem trabalhada mas em pontos destoa das músicas anteriores.
Será que a peteca tinha caído? Não, apenas um leve escorregão.
A banda traz a seguir um cover de Willie Dixon. A mescla das guitarras ardidas num tom blueseiro é de fazer o queixo cair, especialmente quando no meio da música a velocidade frenética volta, para depois voltar perfeitamente no tom de blues e fazer com que um cover soasse melhor que a versao original.
Pronto, provaram e conseguira. Podemos finalizar?
Claro que não amigos, pois ainda está por vir o melhor. Seguiram a risca o lema “Save The Best For Last”.
My Last Words começa, um dedidalho de guitarras de fazer arrepios todos os pêlos do corpo. O que vem a seguir? Adivinhem? Outra explosão alucinante da banda, com uma letra um tanto comentada na época, e até os dias de hoje, por tentarem dizer que faz apologia ao suicido, na verdade é apenas uma das várias letras do Mustaine querendo passar ao seu público o modo selvagem como vivia. E selvagem é tudo o que essa música é. Mustaine cantando a plenos pulmões e a banda fazendo seu trabalho, e muito bem feito, com um solo de guitarra de Poland perfeito, com uma pegada NWOBHM a música então prossegue até terminar fortemente em um coro, que novamente erriça os pêlos de qualquer mortal. Não deixe de escutar este disco, e de ouvir Mustaine em seu momento mais exuberantemente diabólico. Compre de olhos fechados.
Faixas :

Data de lançamento:
19/09/1986


Produzido por: Dave Mustaine e Randy Burns
Engenharia: Casey McMackin e Randy Burns
Mixado por: Paul Lani, com assistência de Stan Katayama
Gravado no: The Music Grinder, L.A., CA
Mixado no: Can-Am Recorders, Tarzana, CA
Arte da capa: Edward j. Repka
Idéia da arte da capa: Dave Mustaine and Andy Somers


Gravadora:
Combat Records/Capitol Records


Formação:
Dave Mustaine: Vocal, Guitarra
Chris Poland: Guitarra
David Ellefson: Baixo, Vocal de fundo
Gar Samuelson: Bateria







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