domingo, 13 de novembro de 2011

The Cult - Love - 1985



Nota : 9,0

O The Cult no início de carreira se chamava Southern Death Cult, mas este nome era um pouco exagerado e eles depois acabaram mudando para The Cult apenas.
A banda pertencia ao vocalista Ian Astburry, um inglês nascido em Cheshire.
O estilo e a aparência de Ian lembrava muito o vocalista Steven Tyler do Aerosmith, e isto era bom por que chamava a atenção das pessoas.Ian morou em vários lugares diferentes. No Canadá, por exemplo, ele teve contato com a cultura indígena local, e isso o influenciou muito.
Quando Astburry foi morar em Yorkshire, ele juntou integrantes para o Southern Death Cult. A banda trazia Haq Quereshi (drums), David "Buzz" Burrows (guitar) e Barry Jepson (bass). Eles lançaram seu disco auto intitulado e começaram a fazer shows... em 1983 tiveram a oportunidade de abrir os shows do Bauhaus.
Naquele momento, a banda aceitou uma sugestão e teve sua primeira mudança de nome, se transformando em Death Cult. Com a mudança de nome, mudou também a formação: Ray Taylor-Smith (drums), Jamie Stewart (bass), e Billy Duffy (guitar).
O Death Cult seguia o estilo gótico de grupos como o próprio Bauhaus e o Joy Division, mas a banda já dava sinais de que aquilo não seria definitivo.
Em 1984, o nome foi trocado novamente, desta vez para The Cult. Neste ano a banda lançou mais um trabalho, batizado de “Dreamtime”. O disco foi independente e entre esses alcançou a primeira posição dos charts com a música “Spiritwalker”.


O disco começa com "Nirvana", uma música pra cima, com uma bateria de ska e marcada pela guitarra de Duffy. Em seguida vem "The Big Neon Glitter" que se inicia vovamente com Duffy e possui uma perfeita linha de bateria. A próxima dá nome ao disco; "Love". Novamente Billy inicia a música com maestria, mostrando que o guitarrista estava inspirado, e podemos perceber sua evolução musical. "Little face" é uma linda música, com uma bateria cheia de feeling, mais uma vez guitarras bem trabalhadas e a voz de Ian é simplesmente angelical. "Brother Wolf; Sister Moon" é a primeira balada do disco... repare que no final percebe-se alguns barulhos de trovões, uma ótima passagem para a próxima música intitulada "Rain" que se tornaria sucesso da banda até os dias de hoje. "The Phoenix" começa com a guitarra de Duffy ligada a um pedal Wah Wah e é a música mais pesada do disco. "Hollow Man" possui um ótimo refrão e é uma música "pra frente" e com ótima interpretação de Ian. "Revolution" é a segunda balada do disco e é a música que exprime perfeitamente a fase da banda naquela época, voltada ao pensamento hippie da década de 60. "She Sells Sanctuary" foi o primeiro grande hit; tanto que nunca saiu do set-list da banda até os dias de hoje. Nigel Preston tocou bateria somente nesta música e sua performance surpreende, tanto que nenhum baterista que passou pelo CULT depois conseguiu reproduzir fielmente a linha de bateria desta música. "Judith" é uma balada e é marcada pelos solos melódicos de Duffy, marcando novamente a fase inspirada do guitarrista. O disco termina com "Black Angel" uma balada que fala de um fugitivo e seus perigos durante sua volta para casa.

LOVE é um álbum bem trabalhado, climático e, até então, o mais pesado da banda resgatando um pouco do rock dos anos 60 e 70 com guitarras ácidas, melódicas e com pedais wah-wah. Por esse motivo o Cult foi bastante criticado (era quase um sacrilégio resgatar tudo isso nos anos 80), acusado de resgatar o movimento "flower-power" devido aos adereços, símbolos místicos e os cabelos longos de Ian. Os comentários foram mais contundentes quando confessaram gostar de Hendrix, Stones e Led Zeppelin, mas não deram a mínima aos jornalistas. A colocação de 15º lugar nas paradas e 200.000 cópias vendidas, apenas na Inglaterra, calou a boca dos piores críticos. As apresentações da banda nessa época eram como verdadeiras viagens lisérgicas: Ian, em seu visual andrógino, dançava hipnoticamente acompanhando a cada momento das músicas. E foi com este álbum que a banda abriu caminho para gravar sua obra prima "Electric".



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