sábado, 2 de julho de 2011

Aerosmith - ROCKS



Depois de 6 anos de estrada e 3 discos lançados, a banda progrediu para o seu  ápice musical.   Quando o Aerosmith lançou o disco ROCKS , foi recebido com atenção pela crítica americana, afinal o disco anterior, TOYS IN THE ATTIC (1975) já havia feito um estardalhaço no país com petardos como "Sweet Emotion" e "Walk this Way" (um dos riffs de guitarra mais marcantes da história). E logo todos perceberam que ROCKS era a pérola definitiva da banda.



Logo no início, Joe Perry faz a guitarra cavalgar no melhor estilo velho-oeste em "Back in the Saddle", a marcação pesada da bateria de Joey Kramer permite que Brad Whitford e Tom Hamilton mantenham um ritmo forte para que Perry e seus riffs mantenham você preso num pesadelo de cowboy, onde somos acordados sob a voz de Steven Tyler que berra maravilhosamente em seu final.
Saindo do clima "Texas", a seguir um outro clássico ... quando a introdução nos ameaça aquela balada, de repente ouve-se como um trovão o baixo de Tom Hamilton, numa deliciosa batida funkeada. Sim, eis que surge "Last Child" a maravilhosa canção que faz com que suas pernas saiam dançando
sem lhe dar satisfações. Quem brilha aqui é Brad Whitford.
Agora é vez do corpo todo se mexer... a heavy-punk "Rats in the Cellar", a terceira faixa do disco, entra na sua mente sem pedir licença. A sirene policial que se ouve no início poderia facilmente ser trocada pela de uma ambulância, dada a insanidade da música. "Rats in the Cellar" é uma canção suja e veloz que retrata os tempos de pobreza em NYC. Após esse tapa no ouvido, o que se ouve é "Combination", escrita por Joe Perry, esse música é mais 'alternativa' do disco e fecha o lado A com suas guitarras flamejantes, uma música onde você fecha os olhos e viaja... morria aqui o lado A da bolacha.
"Sick as a Dog" é a música mais experimental do disco, onde os integrantes chegam a trocar de intrumentos. Joe Perry toca baixo, Tom Hamilton assume a guitarra base e Brad Whitford detona na solo. No final (depois daquela paradinha no dedilhado), Steven Tyler assume o baixo e Joe Perry retoma seu lugar pra um final com 3 guitarras... êxtase! Tornou-se um clássico underground da banda.
Falando em clássico ... quem não naum conhece certamente irá levar um susto quando ouvir "Nobody's Fault". Depois de uma introdução misteriosa e quase insonora, ouve-se uma paulada ! É aí que o inferno começa, essa é uma das músicas mais pesadas da banda. Uma paulada que fala sobre um sentimento de culpa, Joe Perry esbanja vigor e harmoniosidade enquanto Brad Whithford dá tanto peso como se o culpado por algo fosse ele e Joey Kramer espanca todos os pratos da bateria. Mais um vez
o vocal maravilhoso de Steven Tyler A sétima faixa é "Get the Lead out". Uma batida mista de swing e peso hard-rock, onde Tom Hamilton dá mais uma mostra do peso de seu contra-baixo.
No lado B a hora de dançar é quando começa "Lick and Promise". Oh Deus! Seu rádio vai sair pulando, sua cabeça vai fazer movimentos involuntários para cima e para baixo, sua mãe vai lhe perguntar "Que artista é esse?" ... sim essa é "Lick and Promise", um boogie-hard rock que arrepia, uma música que parece ter sido crida a bordo de uma montanho russa. Energia pura, mr.Tyler!
Quando os ouvidos já ameaçam sangrar, e você quer repetir tudo, mas sabe que não irá lhe fazer bem, surge o remédio: uma balada! Claro, uma balada! "Home Tonight" é uma rock-ballad das boas, faz o papel que "You See me Crying" fez no disco anterior. Porém, mais direta, é também onde Joe Perry mais uma vez se deleita preenchendo o vazio do seu coração com riffs harmoniosos...
Infelizmente o disco acaba!
Isso é ROCKS, o disco que definitivamente  entra em qualquer lista de Hard/Heavy que se preze.





Nenhum comentário:

Postar um comentário