Em fevereiro de 1.976 é lançado o quarto algum da banda 2112. Acreditando em sua música e fiéis aos seus princípios, os membros da banda não se entregaram às exigências da indústria fonográfica e entraram em estúdio mais uma vez no início de 76 para a gravação do álbum que iria consagrá-los em definitivo. Assim como eram prodígios em seus instrumentos, os integrantes do Rush começaram a adquirir experiência nas composições e nas gravações de estúdio. Apesar dos poucos anos de estrada o acúmulo de experiências os fez saber exatamente o que fazer no disco seguinte. Com a ajuda de Terry brown concebem o aclamado 2112. Seu lançamento foi o que pode se chamar de sucesso, mediante a pressão que receberam anteriormente. Instigado pelas literaturas da filosofia racionalista de Ayn Rand, Peart escreveu mais um épico sobre a liberdade de expressão. "Eu não havia percebido o que estava fazendo, mas quando a história ficou pronta, vi que os paralelos com Anthem (a obra de Ayn Rand) eram óbvios. E pensei: 'não quero ser visto como um plagiário', então a creditei na ficha técnica do disco", contou Peart a revista Rockline, em 1.991. A abertura tinha como tema uma fábula futurista dividida em sete partes que balanceava todos os ingredientes musicais utilizados nos 3 primeiros discos. 2112 mostra uma sociedade onde toda arte e ciência são controladas por computadores, gerando a necessidade de combater os opressores da individualidade do ser humano. Em um artigo na revista Circus, Peart disse que "2112 é baseado na progressão de elementos que encontramos na sociedade hoje em dia, mas projetados 150 anos no futuro". Na história, um homem encontra uma guitarra e, ao tocá-la, sente o prazer e as possibilidades que poderia alcançar tendo sua própria expressão artística. "É como um ciclo de canções sobre a redescoberta da música", diz o baterista. Em suma, Geddy Lee canta como o homem se libertou da patrulha tecno-religiosa dos Pastores do templo de Sirynx usando a guitarra como arma revolucionária. Por outro lado, muito foi dito e até acusações de fascismo pesaram sobre a banda. A capa de Hugh Syme, mitológico artista plástico que contribui para as capas da banda desde Fly By Night, foi baseada no conceito de Peart, ao qual mostra uma estrela vermelha (num formato que lembra um pouco o pentagrama, símbolo de muitas seitas satânicas), o símbolo da Federação Solar que controlava as pessoas no ano do título do disco. Em outra imagem criada para a turnê, um homem nu fica em frente à grande estrela, reforçando a tese de que os integrantes do Rush teriam afinidades com ideologias de ultra direita e até satanismo (como se já não bastasse a infame acusação de que se o ouvinte escutasse "Anthem" de trás para frente escutaria mensagens de adoração a Satã. Vade retro....). "O homem é o herói da história", teorizava Hugh Syme na revista Creem, em 1983. "O fato de ele estar nu é uma tradição clássica. A pureza dessa pessoa e a criatividade sem artefatos externos, como roupas (isso pode ser até usado como justificativa para o sujeito nu na capa de Hemispheres, de 1.978. Mas aí é outra história: lá ele representava Apollo, personagem em conflito com Dionisius, o deus da razão contra o deus da emoção). A estrela vermelha é a estrela vermelha do mal da Federação, que era um dos símbolos de Neil Peart. A capa era apenas a estrela e o herói". "Tudo o que ela significa é o homem abstrato contra as massas", diz Neil. "A estrela vermelha significa qualquer tipo de mente coletivista". Bom, aí já não é novidade o quanto o letrista preza pelo direito de livre arbítrio dado aos homens por Deus. Em outras letras como Freewill são exemplos de como Peart é defensor ferrenho da liberdade de expressão e do direito à individualidade de cada ser humano em seu interior. Não é segredo para ninguém, esse foi o primeiro sucesso comercial da banda a partir daí o Rush se tornaria um dos expoentes de sua época se tornando uma das banda mais famosas do gênero Hard Porgressivo. E depois se tornando um dos percussores do Prog Metal.
Outras músicas que se destacam são: Tears, que é uma belíssima balada acústica, com teclados muito bem encaixados e uma levada bem triste. The Twilight Zone, uma faixa surpreendente, que muda de estilo e ritmo sem perder a coesão; destaque para os vocais sussurrados baixinhos junto a Geddy no refrão, que deixa a música com um estranho tom sobrenatural. Something for Nothing, uma porrada de primeira, uma das marcas registradas da banda. Completam ainda o álbum as excelentes Lessons e A Passage to Bangkok.
2112 é um excelente álbum. A primeira música se destaca pela qualidade técnica e lírica, mas todas as outras músicas são excelentes, formando um belo conjunto e tornando o disco imprescindível.Compre.
2112 é um excelente álbum. A primeira música se destaca pela qualidade técnica e lírica, mas todas as outras músicas são excelentes, formando um belo conjunto e tornando o disco imprescindível.Compre.
Músicas :
1. 2112
I- Overture
II - Temples of Syrinx
III - Discovery
IV - Presentation
V - Oracle: The Dream
VI - Soliloquy
VII - The Grand Finale
2. A Passage To Bangkok
3. The Twilight Zone
4. Lessons
5. Tears
6. Something For Nothing
I- Overture
II - Temples of Syrinx
III - Discovery
IV - Presentation
V - Oracle: The Dream
VI - Soliloquy
VII - The Grand Finale
2. A Passage To Bangkok
3. The Twilight Zone
4. Lessons
5. Tears
6. Something For Nothing
Banda :
Rush: Neil Peart (beteria), Geddy Lee (baixo e vocal) e Alex Lifeson (guitarra).
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