Estamos em 1957, após uma discussão prolongada com agressão física termina uma das parcerias mais geniais e fundamentais do jazz , entre o trompetista e gênio Miles Davis , e na minha opnião o maior tenorista concebido neste planeta John Coltrane, este fato foi assistido pelo pianista Thelonius Monk , após uma apresentação da banda de Miles. Não perdendo tempo o pianista , logo chamou Coltrane para intregar seu quarteto, e o tenorista logo aceitando o convite. Em uma dupla musical também tão fundamental e genial , quanto a anterior entre Coltrane e Miles, o saxofonista e o pianista deixaram um dos mais belos discos gravados , na música. Thelonious Monk é um pianista único, um matemático que compunha melodias e criava ritmos nada usuais. Seus dedos eram rígidos, deixava-os perfeitamente eretos, e os batia nas teclas tal qual uma baqueta faria em um tambor. Preciso, fazia com duas ou três notas o que outros pianistas faziam com nove ou dez. Era um “teclador de elite”, cada nota entrava perfeitamente no contexto da música, numa mistura melódica e rítmica. Somente notas necessárias e muito bem trabalhadas. Nesse sentido sua característica se aproxima com a de Miles Davis, notas poucas e boas, aliás, perfeitas. Excêntrico, Thelonious não era muito bem visto pela crítica da época, porém era unanimidade entre os jazzistas. Por anos andou apagado, sumido dos bares de Jazz, e isso deve-se a um acontecimento muito infeliz. Em 1951 a polícia novaiorquina encontrou narcóticos no carro de Bud Powell, amigo de Monk. Ambos os músicos estavam presentes durante a apreensão e como o carro era de Powell, a polícia ligou-o com as drogas. Thelonious negou-se veementemente a testemunhar contra o seu amigo e por isso foi impedido de tocar em qualquer lugar que vendesse álcool por alguns anos. Tal acontecimento fez com que Monk se restringisse à composição, apresentações em teatros (exatamente a situação da gravação deste disco) e gravações no início dos 50′s até mais ou menos 1957. Sobre o seu estilo, pode-se dizer que era semelhante ao Bebop, sendo ele o maior pianista do estilo inaugurado por , Bird e Diz.
Todas as músicas aqui , já haviam sido tocadas anteriormente, e o quarteto simplesmente da cara nova a todas , sem excessão, tendo arranjos belíssimos por todo o decorrer da bolacha. as fitas foram encontradas por acaso por um historiador chamado Larry Applebaum, na Biblioteca do Congresso dos EUA, e relata a curta parceria entre os dois gênios naquele ano . A dupla entre os dois durou apenas nove meses no ano de 1957 e esse show foi realizado no dia de Ação de Graças, em 29 de novembro. Trane relata que apesar do tempo curto, a convivência com Monk foi fundamental para seu desenvolvimento: "aprendi muito sobre teoria, técnica e composição. Monk foi extremamente generoso e paciente comigo." Os outros 2 componenetes do quarteto também não podem ser esquecidos, o baixista Ahmed Abdul - Malik, e o baterista Shadow Wilson contribuem muito para tornar os arranjos, e os solos sobrenaturais. Outro fator que também conta a favor desta obra prima do jazz, é a produção toda feita com muito esmero e respeito que a obra merece, saindo em uma edição de cd , com controle anti cópias. Enfim , como eu disse antes um dos mais belos discos que escutei em minha vida, e que com certeza irá colorir as suas diariamente. Fundamental em nossas vidas.
Faixas :
1. Monk's Mood
2. Evidence
3. Crepescule With Nellie
4. Nutty
5. Epistrophy (Live)
6. Bye-Ya
7. Sweet And Lovely
8. Blue Monk
9. Epistrophy
2. Evidence
3. Crepescule With Nellie
4. Nutty
5. Epistrophy (Live)
6. Bye-Ya
7. Sweet And Lovely
8. Blue Monk
9. Epistrophy