sexta-feira, 10 de junho de 2011

Renaissance - Prologue




Não tão famoso quanto os medalhões do rock  progressivo,o Renaissance foi um dos grupos seminais marcando sua história com incursões pelos ritmos folclóricos europeus.O maior destaque vai para a Annie Haslam, a rainha do rock progressivo, se tornando a alma de toda a sonoridade da banda.




O primeiro disco desta formação, terceiro da banda, apresentou uma ambição muito maior que os primeiro trabalhos. Lançado em 1972, Prologue traz uma harmonia fabulosa com suas diversas passagens sonoras e letras que pairam entre o folclórico e o romântico. É em Prologue, que a vocalista-fada apresenta sua melhor perfomance em uma voz que alcança até cinco oitavas. Este é o mais belo disco do Renaissance, não foi o mais vendido e ainda é o um dos menos conhecidos da banda, mas por muitos é considerado o melhor do grupo.
O disco começa com uma introdução, "Prologue", que se inicia em uma atmosfera dramática criada pelo piano e se torna alegre quando entra a voz de Annie sem pronunciar uma única palavra, apenas variando pelos diferentes tons que sua voz permite, em perfeita harmonia com os arranjos de piano.

Termina a introdução e os acordes de piano voltam a aparecer, desta vez acompanhados pelos vocais masculinos do grupo, contando a história de "um homem simples, apenas um homem simples, que morreu no local de seu nascimento" nos sete minutos de "Kiev".

"Sounds of the Sea" começa em seguida com o gorjeio de gaivotas e um piano bem mais calmo que nas músicas anteriores. Os vocais são todos de Annie e convidam para uma viagem sonora no refrão singelo e marcante: "Lá, onde eu pertenço, onde sou real, onde posso sentir os sons do mar".

Annie canta sobre amor, paz e tristeza em "Spare Some Love" que apresenta os primeiros acordes de guitarra de Rob Hendry no disco, sem abandonar o piano, e arranjos de bateria mais marcantes.

"Bound for Infinity", a mais curta do disco com quatro minutos de duração segue a mesma linha de "Sounds of the Sea".
Assim como a primeira faixa, o epílogo de "Prologue" não possui letra, apenas solos de vocal de Annie. "Rajan Khan" começa com solos de guitarra que se transformam em acordes folk lembrando muito a música indiana. No oitavo minuto, a música atinge seu clímax, realçando a bateria, e depois volta à percussão, acompanhada apenas pelo vocal, até o último minuto - quando muda novamente o ritmo e termina de imediato. E assim termina Prologue, um dos discos fundamentais do rock progressivo que é capaz de soar contemporâneo e com uma beleza determinante em todas as faixas do álbum.Compre de olhos fechados.

 Formação :
Jon Camp - baixo, tambura, vocais.
Annie Haslam - vocais, percussão.
Rob Hendry - guitarra, mandolin, cimbais, vocais.
Terry Sullivan - bateria, percussão, solo de VC3 em "Raja Khan".
John Tout - teclados, vocais.
Francis Monkman - sintetizadores.


Faixas:
1. Prologue 5:42
2. Kiev 7:41
3. Sounds of the sea 7:11
4. Spare some love 5:13
5. Bound for infinity 4:25
6. Rajah Khan 11:31



 

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