No período de 1970 a 1975, o Rock Progressivo mundial viveu seu mais esplêndido, coeso e produtivo período de existência, e mesmo ainda estando em desenvolvimento naquela época, foram feitos naqueles anos a maioria dos discos que se tornaram obras-primas do estilo. Aqueles tempos eram de mudança (já que o mundo todo sofria descobertas e alterações políticas, religiosas, ideológicas e mesmo econômicas), e talvez graças a isso, os músicos que procuravam inovar em sua arte encontravam apoio das gravadoras, do público e até mesmo dos críticos. Ou seja, o período era favorável ao bom uso da arte, e muitos grupos souberam aproveitar sua chance para nos brindar com obras que com certeza sobreviverão à passagem do tempo.Thijs Van Leer ( vocalista, flautista e responsável pelas teclas da banda) e Jan Akkerman( guitarrista) reformam o grupo Focus, que havia se desintegrado após a gravação de seu primeiro disco (In And Out Of Focus), com a entrada do baterista Pierre Van Der Linden (Trace) e do baixista Cyril Havermans.
O disco começa com a pancada que se tornaria a música mais famosa do grupo: Hocus Pocus. Uma verdadeira exibição de técnica, feeling, psicodelia e humor que dura mais de seis minutos. Destaque para o incrível trabalho de guitarra de Jan e os hilários vocais "yodel" (canto típico da Holanda) de Thijs. A música é extremamente constrastante, passando de guitarras nervosas para passagens com acordion, flauta e até assobios, para voltar ao clima "heavy metal" segundos depois.
Na sequência, algumas baladas e músicas mais lentas: Le Clochard (O Vagabundo), Janis (escrita em homenagem à cantora, falecida meses antes da gravação do disco), com uma incrível linha de flauta de Thijs Van Leer, Moving Waves (uma das poucas e raras músicas do Focus com linhas vocais sérias), que basicamente é piano e vocal, Focus II, que começa lenta mas depois tem uma seção que lembra músicas de vinhetas televisivas dos anos 70.
à musica Eruption, o projeto mais ambicioso do grupo até então, é uma colagem de várias vinhetas: Orfeus, Answer, Pupilla, Tommy, The Bridge, Euridice, Dayglow e Endless Road. Cada uma extremamente diferente da outra, como se fosse um bate-papo no meio da música, uma vinheta "conversando" com a outra. Uma verdadeira epopéia musical, com passagens lentas (Orfeus) e outras mais velozes (Answer). Destaque novamente para a guitarra de Jan Akkerman e os teclados de Thijs Van Leer, e o baterista Pierre que arrebenta nossos ouvidos dando uma ótima dinâmica ao instrumento e levadas e viradas que só ouvindo com muita atenção,e que simplesmente abraçam o ouvinte levando o consigo para uma grande e bonita viagem. As linhas de baixo na música Eruption também são muito boas.Esse disco é extremamente recomendado para quem curte um bom rock com ótimas melodias, e sentirmos o quão influente foi a banda para não só o progressivo, mas para o rock e suas vertentes. Eu já tenho o meu,e você?
Faixas:
1. Hocus Pocus
2. Le Clochard
3. Janis
4. Moving Waves
5. Focus II
1. Hocus Pocus
2. Le Clochard
3. Janis
4. Moving Waves
5. Focus II
6. Eruption
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