domingo, 13 de novembro de 2011

Santana - Abraxas - 1970



Era no verão de 1970 que Carlos Santana já desfrutava de vários discos de platina por apenas 1 álbum, que incluía 2 sinles que entraram para o Top 40. E quando Santana tocou Soul Sacrifice em Woodstock, o mundo teve contato com a magia de sua guitarra. O som, antes conhecido somente em San Francisco, misturava riffs pesados de guitarra com congas e outros instrumentos de percursão que incendiavam a platéia mais católica. Mas foi em outubro de 1970 que Santana reuniu os músicos de sua banda e gravaram aquele que seria o melhor álbum de sua carreira, Abraxas.


Como bom Chef de cozinha que não se limita a fazer misturas óbvias , Santana e sua trupe aderiram ao freak Rock de São Francisco, garimpavam suas imaginações enfumaçadas e assim transformavam tudo o que iam descobrindo em rock'n'roll. Santana elaborou seu 2° disco para ir do rock até a salsa e o jazz, ritmados por um coração latino.
Abraxas é um daqueles momentos mágicos do rock e é quase uma viagem espiritual. O álbum é excelente desde a primeira até a última música, seja pela técnica apurada do guitarrista, seja pela musicalidade latina impressa pela percursão de Jose Areas, Mike Carabello e Rico Reyes. O play começa com Singing Winds, Crying Beasts, uma instrumental que prepara terreno para a versão de Santana para Black Magic Woman (na verdade, BMW é composição de Peter Green, fundador do Fleetwood Mac) . Apresentada no álbum num medley com Gypsy Queen, Black Magic Woman é a canção de maior “sucesso” de Santana, tendo sido radiodifundida pelos quatro cantos do globo.

Carlos e sua guitarra com timbre único eram os componentes de uma engrenagem extremamente talentosa e mostra explícitamente durante todo o disco , que a união da música é como a de dois amantes , o ritmo é o homem e a melodia a mulher. O baixista Dave Brown e o batera Mike Shrieve assentam neste álbum as bases do que seria uma das melhores e mais afiadas seções rítmicas da história da música. E assim cada componente da banda vai deixando a sua marca como o órgão sedutor de Gregg Rolie em "Black Magic Woman" e "Oye Como Va". Aqui Santana faz pela música latina o que Chuck Berry fez pelo Blues anos antes, e deixa um disco para toda a vida.

Músicas :
1- Singing Winds, Crying Beasts
2- Black Magic Woman/ Gypsy Queen
3- Oye Como Va
4- Incident At Neshabur
5- Se A Cabo
6- Mother's Daughter
7- Samba Pa Ti
8- Hope You´re Feeling Better
9- El Nicoya





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