naquele ano de 1.972, diversos acontecimentos ocorreram com a banda já que o material utilizado em "Yessongs" é pertencente aos 3 últimos álbuns: "The Yes álbum" (1.971), "Fragile" (1.971) e "Close to the edge" (1.972). Retornando ao tempo após o lançamento de "Time and a word" (1.970) as mudanças se transpõe a partir de então no conceito da música que a banda passou a desenvolver e nas substituições dos integrantes que ocorreram também ao longo do tempo durante até que um curto espaço de tempo dos 3 álbuns anteriores de "Yessongs". A primeira foi do guitarrista original, fundador da banda e que inclusive sugeriu o nome do grupo, Peter Banks que segundo alguns dos motivos de sua saída seria que a banda percebia o seu descontentamento com os companheiros ia crescendo o tornando muito preguiçoso e desmotivado quando foi lançado "Time...", e por outro lado o guitarrista alegava que foi traído e tendo seu profissionalismo no trabalho um tanto descriminado visto que o álbum tinha uma forte presença de arranjos de orquestra e os teclados de Tony Kaye e então seguiria sua carreira formando uma banda chamada "Flash" e em seu lugar seria tomado pelo guitarrista Steve Howe que tinha influências de músicos como Django Reinhardt, Mary Ford, Chuck Berry e entre outros e que já havia tocado com "The Syndcats", "In Crowd", "Bodast", "Tomorrow" gravando vários compactos e esta última banda tendo gravado um álbum entitulado "Tomorrow" (1.968) e com tendências do gênero psicodélico, outra vertente do progressivo que era muito forte nos finais dos nos 60 tendo o "Pink Floyd" como um exemplo. Sensível e criativo Howe traria um tanto mais de "vida" ao terceiro álbum do Yes, "The Yes álbum" que passa a aumentar o volume de vendas de discos para o grupo.Este é o primeiro trabalho ao vivo do Yes numa época em que a banda se demonstrava muito frutífera e esforçadíssima em quesito de criatividade nas composições. Aqui neste período, o Yes já tinha definido sua sonoridade relacionada evidentemente com o rock progressivo e a banda ainda não atingia os 5 anos de carreira já que as faixas deste álbum foram todas tocadas no ano de 1.972 (pelo que se sabe foi gravado mais precisamente no Rainbow Theatre em Londres) de turnês feitas afora e "Yessongs" propriamente dito só foi lançado ao público e crítica em maio de 1.973.
Estava então uma oportunidade para ser feito um trabalho ao vivo que resultou em "Yessongs" com Jon Anderson nos vocais principais, percussão; Chris Squire no baixo e vocal de apoio; Steve Howe nas guitarras elétricas, violões acústicos, vocais de apoio; Bill Bruford nas baterias, percussão, vocais de apoio e finalmente Rick Wakeman nos teclados. Mas em "Yessongs" existiu um porém; e que porém: outra substituição, e desta vez quem sai é Bruford de uma forma muito inesperada para se associar no álbum "Larks tongues in aspic" (1.973) do "King Crimson", outra banda de grosso calibre no mundo do rock progressivo e curiosamente teve a participação de Jon Anderson nos vocais em "Lizard" (1.971) e por outro lado, Robert Fripp, o fundador e na ocasião, um mentor e líder do grupo também havia sido convidado para se tornar o guitarrista do Yes para uma suposta substituição de Banks na época quando saia na banda. Bruford alegava que o Yes tinha um sério problema de se discutir como tocava ali e cá e chegando a um ponto em "Close..." a dar um basta nesta situação após o lançamento deste álbum e algumas apresentações, pois o propósito de Bruford na banda era apenas para sentar nas baterias e tocar ao invés de discutir e perder tempo; a solução foi colocar Alan White para resolver a situação do Yes.
Portanto das 13 faixas de "Yessongs", 2 tem a formação do Yes com Bruford e as outras restantes com White, ou seja, aproximadamente 80% tem a presença do novo integrante, mas o músico estará a partir do próximo álbum "Tales from topographic oceans" (1.974) na total disponibilidade já em estúdio. "Yessongs" mesmo com a mudança interna de integrante foi muito saudado consideravelmente pelo público e crítica, mesmo como um álbum triplo (claro que muitos se enfezaram pelo tipo de edição que foi feita) chegou a ter uma vendagem expressiva nas vendas e chegando ao posto dos 10 primeiros tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos e ainda com a ousadia de fazer um álbum triplo em vinil como estes na época em que num ano de 1.973 a situação mundial vivia uma crise petrolífera muito caótica. Vale também ressaltar que "Yessongs" foi lançado porque a banda no início de 1.973 estava começando a iniciar os primeiros passos da elaboração de "Tales...", dando que claro uma vantagem ao Yes de poder deixar o público um tanto entretido naquele ano enquanto não vinha algo novo, mas para delírio dos fãs o resultado de "Yessongs" resultou em 1.975 num filme com o mesmo nome é até hoje é um dos mais consultados e vistos pelo público sendo uma forte referência para quem tem interesse de vê-los performizando na época numa tela de vídeo. Na integra a formação é a de Anderson/Howe/Squire/Wakeman/White, o que significa que Bruford não está presente e muito menos as duas faixas que toca no caso do álbum em formato áudio.
Uma observação a respeito daqueles ouvintes que querem conhecer inicialmente o Yes: uma parte dos ouvintes que aconselham o trabalho certas vezes chega ao extremo de desconsiderar ter os 3 álbuns anteriores de "Yessongs" visto o material já dito anteriormente como está presente, mas por outro lado fica a dúvida; vale deixar de ter estes trabalhos de estúdio ? O baterista Alan White não está presente nos mesmos e sim Bill Bruford. Os fãs do Yes também poderão observar que ao longo do tempo após "Yessongs" que o repertório de maneira geral sempre procurou estar voltado a músicas destes 3 álbuns anteriores a este álbum ao vivo. Só para se ter uma idéia de como para alguns fãs da banda se cativaram pelo álbum, surgiu no Brasil uma banda "cover" do Yes também chamada "Yessongs" no início dos anos 90 (e que também teve suas variadas formações com o tempo ).
O trabalho teve a produção de Eddie Offord que já tinha estado junto com a banda desde "Time...", além do auxílio de Mike Dunn e Geoff Haslam que já havia trabalhado junto com "The Velvet Underground", "Cactus", "J. Geils Band", "Badger", Jan Akkerman (guitarrista do "Focus"), além de nomes conhecidos do jazz como Ornette Coleman, Gato Barbieri, Herbie Mann e entre outros.
A arte gráfica ficou por conta do imaginário Roger Dean que já vinha estado com o grupo desde "Fragile", além de melhorar o aspecto do nome do logotipo da banda que era paupérrimo com o nome "Yes" dentro de um balão gigante e permanecendo assim com a mudança por um longo tempo; vale ressaltar que a capa como se sabe para o gênero do rock progressivo tornou-se muito importante à medida que cada álbum de determinada banda ia sendo lançado.
Enfim apesar de aqui pegarmos diferentes formações da banda , é claro desde seu início de que o Yes teve a pretensão de nos deixar mais um disco obrigatório em nossas coleções.
Até agora em 2017 um clássico de virtuosismo ao vivo,insuperável.
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