quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Em 1970 o Último Disco dos Beatles - Let It Be - The Beatles



Não vou ficar aqui falando que o quarteto inglês , foi ou continua sendo a melhor banda de rock do planeta, ou ficar falando mal da Yoko e que foi ela quem acabou com a banda e blábláblá. Meu negócio aqui será tentar retratar os últimos dias desta que com certeza é uma das bandas mais influentes da música ocidental e como estavam seus integrantes e toda a áurea em volta de todos.



Let It Be gerou controvérsias, deixando inclusive Paul McCartney decepcionado com o resultado final. Um dos maiores desagrados estava por conta da mixagem. Pela primeira vez, George Martin não havia sido o responsável pela produção, tarefa que ficou a cargo do experiente Phil Spector. 
A ideia, aliás, era mais do que simplesmente fazer um disco. Tratava-se, na verdade, de um projeto multimídia envolvendo filme, livro e LP. Inicialmente o projeto teria outro nome: "Get Back". Inspirado pela canção de Paul, o título refletia bem o clima que pretendiam passar. Cansados com as inúmeras críticas que vinham recebendo da imprensa, os rapazes resolveram fazer um disco de volta às raízes. Sem psicodelia, sem arranjos muito rebuscados. Apenas o som dos quatro integrantes tocando ao vivo dentro do estúdio, como faziam no início da carreira. A capa seria uma foto tirada no mesmo edifício onde fotografaram a capa de Please Please Me (1963). 
Logo no início ficou nítido que o projeto falharia. As brigas entre os integrantes eram constantes. Paul e George discutiam o tempo todo. John não demonstrava mais interesse. Cada um tinha uma concepção diferente do que os Beatles representavam em suas vidas naquele momento. Para piorar, John, Paul, George e Ringo não se sentiam à vontade criando frente às câmeras. 
Ninguém se sentia satisfeito com o material, embora John Lennon acreditasse que seria interessante lançá-lo. Acreditava que o trabalho era honesto e que saciaria o desejo das pessoas ouvirem os Beatles de maneira natural, sem as benfeitorias do estúdio. Resolveram lançar um compacto para testar a reação. Com "Get Back" de um lado e "Don't Let Me Down" de outro, resolveram creditar a participação de Billy Preston na capa. Assim, ninguém poderia dizer que não foi um trabalho de grupo. 


Ainda não contentes com o resultado, engavetaram o trabalho, começaram um novo disco – Abbey Road – e pediram a George Martin que voltasse a produzi-los. Tendo acompanhado todas as brigas no início do ano (as gravações de Let It Be tiveram início em em 2 de janeiro de 1969), disse que topava, apenas com a condição de que todos os quatro cooperassem. O trabalho surpreendentemente correu bem e o álbum foi lançado. John, no entanto, estava cada vez mais afastado do trabalho dos Beatles. Começava a compor várias canções que acreditava não ter relação com o trabalho dos Beatles, entre elas estava "Cold Turkey". Em um belo dia, quando os quatro se encontraram para discutir os inúmeros problemas que vinham enfrentando (fitas de "Get Back", Apple, Allen Klein, futuro do grupo, etc), John anunciou: "quero um divórcio. Assim como tive de Cynthia".
Em janeiro de 1970, Phil Spector foi para Londres a fim de realizar seu maior sonho: produzir os Beatles. O convite foi feito pelo novo empresário Allen Klein. Uma solução tinha que ser encontrada para o lançamento daquelas fitas. Havia muito dinheiro envolvido!
A contratação de Allen Klein, inclusive, gerou uma grande polêmica entre os membros da banda. Após John Lennon ter comentado em uma entrevista que a Apple estava a um passo da falência, Klein o procurou, e seus conhecimentos impressionaram tanto John que o beatle tratou de convencer George Harrison e Ringo Starr a apoiarem sua escolha. Klein era experiente, já vinha trabalhando com os Rolling Stones, e John Lennon sentiu confiança em suas palavras durante a conversa que tiveram. A outra opção seria Lee Eastman, pai de Linda Eastman (mais tarde conhecida como Linda McCartney). Paul não concordava com a decisão e optou por não assinar o contrato. Os Beatles precisavam de um empresário, pois Brian Epstein, que era o responsável pelos contratos e pela contabilidade da banda havia falecido no segundo semestre de 1967. Brian foi encontrado morto em seu quarto, aos 32 anos, vítima de uma overdose de Carbitol (medicamento para insônia). Esse problema durou anos, uma vez que Paul McCartney abriu um processo contra os três ex-companheiros em 1971, alegando essa ter sido a causa do "divórcio" entre eles. 
Phil trabalhou primeiro no mais novo single de John Lennon, "Instant Karma", e depois começou a trabalhar em Let It Be. Ficou acertado que o álbum e o livro seriam lançados em abril e o filme em maio. 
Assim que recebeu o material em mãos, entregou-se ao trabalho. Antes, no entanto, pediu para que nenhum integrante dos Beatles se envolvesse na produção – direta ou indiretamente. "The Long and Winding Road" deixou Paul McCartney chocado. O músico queria que a canção fosse uma balada simples, despretensiosa, apenas com piano e voz (conforme apresentado no longa-metragem). Phil Spector, no entanto, transformou-a em uma grande produção com direito a coros e orquestra. 
Tanto Paul McCartney como George Martin ficaram desiludidos. O fim dos Beatles era inevitável. George Harrison e Ringo já estavam tocando suas vidas adiante. John já havia pedido para sair. Paul viu que não havia mais solução. O grupo havia se desintegrado. Ao contrário de John, que havia optado por não declarar nada de sua saída a imprensa, Paul sentiu-se na obrigação de anunciar o fim do conjunto. Por conta disso, muitos creditam o fim dos Beatles a Paul.
 
A última sessão de gravação foi em 4 de Janeiro de 1970, quando Paul, George e Ringo encontraram-se para terminar "I Me Mine", de Harrison, que entraria em Get Back.George Martin já estava cansado das brigas e discussões dos Beatles e também achou que seria antiprofissional trabalhar naquelas fitas de má qualidade. Como Spector tinha produzido o recém-lançado single de Lennon, "Instant Karma", John decidiu pedir(sem autorização de McCartney), para Phil "dar uma olhada e ver o que podia ser feito".
Spector pegou uma "jam session", "Dig It", e outras conversas entre as gravações, alongou "I Me Mine", desacelerou e acrescentou cordas a "Across The Universe" e colocou cordas e coral em "The Long And Winding Road". "Get Back" também foi editada, com a parte em que Paul fala, como um bluesman, cortada. Além de produzir a mixagem toda do álbum final.
Seis faixas do álbum são gravações ao vivo (i.e. sem remix ou overdub posterior). Além das três canções gravadas ao vivo no telhado do prédio da Apple Corps., incluiam-se, "Two of Us", "Dig It" e "Maggie Mae", gravadas ao vivo nos estúdios da Apple, no porão do prédio da Apple. Enquanto as outras canções, "For You Blue", "I Me Mine", "Let It Be", "The Long and Winding Road" e "Get Back" foram gravadas nos studios da Apple, mas apresentam edições posteriores produzidas por Spector, tanto na mesa de som, e edições de splicings (i.e. cortes diretamente feitos na fita), como nas dublagens (i.e. overdubs) de vozes e instrumentos por músicos de estúdio. A 12º canção, "Across the Universe", era uma versão da gravação de ensaio original, feita em 1968, e mixada em velocidade mais lenta para álbum.
Enfim aqui não temos a psicodelia e as orquestrações que acompanharam a banda, mudança de produtor que acho muito válida, pois muitos dizem que este é um disco fraco, o que discordo em todos os genêros. Pois as músicas a gravação e produção são mais orgânicos. Algumas faixas são bem rockeiras e cruas, ou seja , uma banda de rock tocando rock.Há um tempo atrás foi relançado como disco duplo, e outra mixagem que agradaria ao Sr. Paul. Sem truques e frescuras que  num todo ajudaram muito para que este disco se tornasse uma peça fundamental em suas coleções.
 
Músicas :
1- Two Of Us
2 - Dig a Pony
3 - Across the Universe
4 - I Me Mine
5- Dig It
6 - Let It Be
7 - Maggie Mae
8 - I've Got a Feeling
9 - One After 909
10 - The Long And Winding Road
11 - For You Blue
12 - Get Back
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário