quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Acústico da Alice Acorrentada - DVD Alice In Chains Unplugged -



A “Alice Acorrentada” é cria da geração grunge de Seattle,mas na minha opnião, é uma banda difícil de ser classificada em qualquer estilo, então digamos que os caras são bons em fazer rock , mas aqui desplugados e parados 2 anos sem shows, acontecem algumas derrapadas durante o show.
Um dos maiores destaques do estilo, a banda costuma ser mais lembrada pelos hits elétricos que teve, como “Man in the Box”, “We Die Young”, “Them Bones”, “Angry Chair” e “Would?”, mas também possui um lado acústico e delicado, que já havia aflorado nos EPs SAP e Jar of Flies.
Quando a banda foi convidada a gravar o seu Unplugged para a MTV em 1996 (numa época em que parecia que todos estavam fazendo isso),  Layne Staley chega a brincar  durante o programa, dizendo que "este é o melhor show que a banda faz em mais de dois anos”, ao que Sean Kinney responde “claro, é o único!”. Mesmo assim, foi até o Brooklyn Academy of Music's Majestic Theatre em Nova Iorque para performar um espetáculo , com um repertório excepcional. À época, o Alice tinha Layne Staley nos vocais, Jerry Cantrell na guitarra, Mike Inez no baixo e Sean Kinney na bateria. Neste show, a banda se apresentou pela primeira vez como um quinteto, com Scott Olson fazendo as bases ao violão para Cantrell solar.

“Nutshell” abre os trabalhos, já levando o clima para baixo logo no início, mostrando que não seria uma noite de sorrisos e piadinhas. “Brother” é outra que segue a linha mais depressiva, sem perder a beleza, no entanto.
“No Excuses” é a mais conhecida até então, e possivelmente a mais “animada” da noite. “Sludge Factory” traz de volta o clima mais sombrio, que deságua na belíssima “Down in a Hole”, minha faixa favorita da banda. Ouvir esta música numa versão ainda mais “orgânica” que a de estúdio é de chorar.





“Angry Chair” é outra famosa, mas não se saiu tão bem no formato acústico. “Rooster”, por outro lado, consegue passar bem a mensagem de perda e desolamento que carrega (a música foi feita por Cantrell para seu pai, ex-combatente do Vietnã, que nunca superou os traumas que a guerra lhe trouxe). “Got Me Wrong” até tem umas partes mais “animadinhas”, e o clima segue alto em “Heaven Beside You”, outra bastante conhecida, mas que aqui soa renovada em sua versão voz e violão.
Chega então a hora de “Would?”, e me apaixonei pela introdução desta música desde a primeira vez que a ouvi. A versão deste disco pode perder um pouco do peso por não ter a guitarra elétrica de Cantrell, mas ganha em intensidade e emoção. “Frogs” é outra onde o clima não é nada alegre, e “Over Now” encerra o show em um clima menos pesado . No bis, a inédita “The Killer Is Me” é outra onde a tristeza, a solidão e o desencantamento aparecem. Mas e as derrapadas que citei no início do texto, aqui vão elas:

desde o cenário escolhido até a performance de Staley, que aparenta estar completamente chapado, “viajando” geral em boa parte do tempo, inclusive deixando partes dos vocais a cargo de Cantrell em determinados momentos (será que por não se lembrar das letras?). O violão de Cantrell está mal regulado , acredito que na altura das cordas, e quando assistido este dvd num bom equipamento fica evidente que a produção vacilou em alguns pontos. Visto que a maioria das músicas são tristes ou trazem consigo uma carga emocional densa e pesada fora a honestidade das letras, algumas derrapadas que ajudam ou não a dar um charme a mais , trata-  se de um documento fiel do que esta banda em sua carreira fez pelo novo rock que surgiu na década de 90 e ecoa até os dias atuais.Compre, assista e comprove.


 

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