domingo, 4 de setembro de 2011

Genesis - A Trick of the Tail - 1976

Ficando como um quarteto , e perdendo o letrista , cantor, frontman principal o Genesis lançou uma de suas melhores obras , foi o 1º disco em vinil que tive deles , e sinceramente adorei sua sonoridade as vezes densa , mas coesa, e com  composições tão boas quanto as anteriores.O choque causado pela saída de Gabriel, alegando principalmente motivos familiares, acabou tendo tudo a ver com A Trick of the Tail. Cheguei a pensar e outros talvez possam compartilhar com este conceito que A trick of the tail seja uma espécie de negação da obra anterior e ainda que timidamente poderia representar uma retomada do inquestionável masterpiece Selling England by the Pound , por uma estratégia de merchandising engendrada pelo competente Collins e cia, que passava a assumir o controle e os vocais da banda.



 Observo que uma de suas melhores músicas, colocada como faixa número 1, seguindo o princípio de N. Young que diz ser ela tão importante quanto todo o resto do trabalho tem uma estrutura que até pode lembrar Dancing With The Moonlit Knight.. principalmente o timbre "especial" que Collins usou, digamos para não chocar os ouvintes, que fatalmente sentiriam saudades de Gabriel. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Robbery, Assault and Battery também tem semelhanças com trechos de The Cinema Show, assim como fragmentos intermediários de Ripples e Fifth or Fifth. De fato, apesar deste trabalho,por razões óbvias, acabar se constituindo como um divisor de águas na carreira desta legendária banda ele continuava sendo um disco do Genesis demonstrando a influencia relativa de Gabriel no som do grupo. É neste contexto, que se dá a transição Genesis da era Gabriel com era Collins. 
 Sobre o disco  Trick of the tail do Genesis, e a primeira sensação e comentário foi : Puxa este Gabriel não faz falta nenhuma; e notamos naturalmente a beleza de Mad Man Moon, trabalho que já apontava o direcionamento do Genesis da era Collins como uma música belíssima . Los endos nos trazia uma percussão que nunca havíamos ouvido no Genesis e Entangled, lançado como single na Inglaterra, na época, e nos trouxe de volta Anthony Phillips.. Um disco delicado, muito bem calculado e naturalmente bem produzido e porque não dizer arriscado... afinal a banda já tinha uma responsabilidade enorme junto aos fãs numa fase
onde o progressivo atingia seu ápice e até fazendo uma analogia comum em cirurgia, um disco de transição..crítico, como ferimentos de transição; como tudo que é de transição. Compre.





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