sábado, 27 de agosto de 2011

Discos que Marcaram a Minha Vida - King Crimson - In The Court Of Crimson King



Em uma época de minha vida , eu resolvi mergulhar de cabeça no rock progressivo, já conhecia algumas bandas como : Yes , Pink Floyd, Genesis , ELP, mas como que num passe de mágica esta obra prima caiu nas minhas mãos , tendo um efeito muito bom , apesar de ser um disco depressivo, sua musicalidade , a banda , os timbres , as letras dão o charme necessário para que este se torne um disco para toda a vida .
Tinha no seu elenco, Robert Fripp (guitarra e Mellotron), Greg Lake (baixo e vocal), Ian McDonald (flauta e teclado) e Michael Giles (bateria). Ainda contavam com mais um membro, o letrista/filósofo Pete Sinfield.
Este pode ser considerado o ponta pé inicial do progressivo, o primeiro álbum que realmente definiu o estilo (claro, tomando sua definição common sense caracterizada por mudanças de tempo, influências clássicas e jazzísticas, experimentalismos diversos, conceitualismo na integridade da obra, faixas longas e letras profundas). Álbum, este, extremamente influente originando diretamente grupos como Emerson, Lake and Palmer e McDonald and Gilles, e indiretamente uma infinidade de outras bandas que se tornaram clássicas do gênero.
 

A capa diz tudo: um ser humano aterrorizado.
Apavorado, provavelmente, com o futuro, tanto seu quanto da humanidade.
Era a intenção do King Crimson, que queria passar tanto nas letras de Peter Sinfield quanto na musicalidade de Robert Fripp o futuro que nos esperava.
O ano era 1969, o disco In The Court Of The Crimson King.
21st Century Schizoid Man:
Caótica, frequentemente descrita como: ''a trilha sonora que o mundo ouviria no seu apocalipse''.
Completamente louca.
Com uma letra visivelmente visando um futuro conturbado e violento: ''...Blood rack barbed wire Politicians funeral pyre Innocentes raped with nalpam fire Twenty fist century schizoid man..''.
King Crimson soube muito bem interpretar a letra de Peter Sinfield, musicalmente falando. São 07:21 de pura doidera e genialidade.
Destaque para a voz completamente irreconhecível de Greg Lake.

I Talk To The Wind:
Uma balada das mais lindas.
A letra, mais uma vez, disseca o ser humano e seu maior medo: a solidão.
Também visa a humanidade: ''I'm on the outside looking inside What do I see? Much confusion, desolution All around me''. Belíssima.
Destaque para a flauta de Ian McDonald.

Epitaph:
A mais depressiva do disco .
Também é a música que Greg Lake canta melhor.
A voz dele aqui, se transforma.
Talvez a única música da carreira do Lake em que a voz dele está teatral, maligna, a là Peter Hammill.
Sinfield aqui, mostra toda a sua vertente de grande letrista que é.
Poderosíssima, a letra.

 

Moonchild:
Praticamente unânime entre os fãs como: ''inescutável''. Só os primeiros 2 minutos valem a pena.
A própria banda detesta a música.
Segundo eles, já tinham gravado todo o disco e ainda faltava preencher espaço.
Então, fizeram qualquer coisa.  Se fosse experimental com sentido, tudo bem, mas...


In The Court Of The Crimson King:
A mais sinfônica do disco.
Excelente.
Com coral e tudo.
A letra é sobre a corte Rei Carmesin.
Quando você ouvir e achar que a música acabou, fique mais uns segundos ouvindo que você verá que tudo volta.
Fecha o disco com chave de ouro.




 




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