domingo, 28 de agosto de 2011

Yes - Close to the Edge - 1972



Definitivamente Close to the Edge, último da trilogia Yes, é o próprio progressivo. Sim, se o progressivo tivesse uma cara poderia ser perfeitamente o Close to the Edge.  Tente assoviar seus acordes iniciais...
A suíte que dá nome ao disco começa com uma sessão rítmica que passa longe do tradicional quatro tempos. É absolutamente quebrada. Cada instrumento segue uma direção harmonizando-se no refrão. O baixo de Squire dá socos nas primeiras progressões em Close to the Edge. Os teclados de Wakeman se confundem com os barulhos dos pássaros e a guitarra de Howe é entrecortada e a execução de algumas partes exige uma abertura enorme das mãos e uma técnica refinadíssima. Uma música complexa difícil de assimilar de início.  Alguns trechos calmos entremeados por tempestades rítmicas sem ser atonal, mas absolutamente não convencional.

Isso tudo, conforme Bruford confessou, exigiu longas horas de preparação e sessões intermináveis de estúdio que lhe custaram a perda de paciência e posteriormente a sua saída da banda. Mas fazer uma música como Close to the Edge não é tão simples. O resultado foi o que a própria história do progressivo pode constatar : uma obra prima. And You And I, inicia-se sinfônica majestosa em sua abertura e descamba com um riff hippie na guitarra acústica e o retoma antes que entre definitivamente com o Mellotron e uma das progressões mais viajantes de toda história do progressivo: uma stell guitar que te faz levitar, viajar, sonhar, e leva-lo ao limite de tudo. Ë a própria essência de Close to the edge. Siberian Khatru conclui esta obra magistral de modo anárquico, repetitivo, mas alegre e pulsante.  Depois de Close to the Edge a comunidade progressiva e todos amantes do chamado artrock já não mais podiam viver sem eles!

. Enfim, um dos melhores albuns de todos os tempos, sem exagero. E com certeza, essa formação do Yes é uma das mais virtuosas formações de todos os tempos da música. Obrigatório.
Banda :
Jon Anderson: Voz
Steve Howe: Guitarras, Violões
Chris Squire: Baixo, Vocais
Bill Bruford: Bateria, Percussão
Rick Wakeman: Teclados

Inglaterra, 1972.









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