domingo, 16 de outubro de 2011

Discos que Marcaram a Minha Vida - Blood Sugar Sex Magic - Red Hot Chili Peppers - 1991



O ano de 1991 não começava muito bem para o Red Hot Chili Peppers, os membros remanescentes da formação original da banda, Anthony Kiedis e Michael Flea ainda sentiam muito a perda do companheiro da formação original da banda Hillel Slovak devido a uma overdose causada pelo excesso de drogas em junho de 1988. Em seu lugar no ano de 1989 haviam entrado John Frusciante para assumir as guitarras e Chad Smith para comandar a bateria.
Em 1991 a banda aspirava novos ares, por esta razão, deixa sua antiga gravadora EMI e assina contrato com a Warner Record. 

Neste álbum estão presentes todas as características que tornaram do Red Hot famosos a nível mundial: a energia primal do Punk Rock misturada com o Funk de James Brown e Sly & The Family Stone comandados pelo baixo swingado de Flea e pelo vocais cheios de groove de Anthony Kiedis, por sinal bastantes influenciados pelo balanço de Hendrix. Era uma mistura bem típica da banda que no álbum anterior Mother's Milk tinham aperfeiçoado e agora bastava terem um grande sucesso.


“Blood Sugar Sex Magik” é a obra definitiva da banda, referência quando o assunto é Nu Metal e Funk Metal. Depois desse disco o Red Hot Chili Peppers ainda lançaria os excelentes álbuns “One Hot Minute” em 1995 (com hits  “Aeroplane” “My Friends” e “Warped”) e “Californication” em 1999. 


O disco já começa pegando ouvinte de surpresa com “The Power Of Equality”, Kiedis começa uma contagem e quando este menos espera o que se ouve a sequência é um petardo com banda esbanjando energia em um rock visceral com uma levada swingada comandada pelo baixo de Flea e pela bateria de Chad Smith que criam uma batida estimulante para Frusciante detonar a guitarra em um riff magnífico e Kiedis demonstrar que é seguramente um dos grandes vocalistas na história do Rock.
Na sequência mantendo o pique da faixa anterior temos “If You Have To Ask”, uma das composições mais bem humoradas da banda, cujo destaque fica por conta da melodia dançante criada por bateria e baixo e para os vocais bem humorados no refrão da canção, além disso ao fim da canção Frusciante executa um de seus melhores solo de guitarra em sua carreira de membro do Red Hot.
Temos uma quebra de ritmo em “Breaking The Girl” que traz um clima bem Folk com destaque para a melodia criada pelo violão tocado por Frusciante acompanhado pela bateria de Chad Smith, além dos vocais mais lentos de Anthony Kiedis em relação às faixas anteriores.
Na próxima canção “Funky Monks” a banda volta com tudo em mais um rock com um visceral balanço do Funk. A parte instrumental ao final da canção é outro marco neste clássico eternizado pela banda.
Dando sequência nada mais nada menos que “Suck My Kiss”, um dos maiores clássicos da carreira do grupo, com os potentes vocais de Kieds esbanjando swing acompanhados de uma batida estimulante, mostrando mais uma vez a importância da cozinha Flea e Smith , o timbre da guitarra de Frusciante é algo tão perfeito, que ele próprio nunca mais iria conseguir noutra gravação.


“I Could Have Lied” começa como uma balada com clima bem Folk com um excelente trabalho vocal acompanhado apenas do violão e quase ao fim da canção a guitarra entra e esta adquire mais peso em um dos mais elaborados arranjos.
“Mellowship In B Major” traz a banda novamente mostrando muita energia, liderados pelo baixo cheio de groove de Flea, em outro rock com batida bem dançante.
“The Righteous & The Wicked” traz as mesmas qualidades da faixa anterior com Frusciante abusando da distorção na guitarra em certos momentos da canção.
“Give It Away” é sem dúvidas o maior clássico da banda e a canção que definitivamente marcaria a carreira da banda. Flea e Smith criam uma batida contagiante para que Frusciante execute um Riff de guitarra inesquecível e Kiedis cantar furiosamente, mostrando todo o seu alcance vocal carregado de swing , mas transbordando a energia e crueza do Punk , vale a lembrança que a música termina com o riff de "Sweet Leaf" do Black Sabbath .
A canção homônima que dá titulo ao álbum “Blood Sugar Sex Magik” é outro clássico absoluto do Red Hot Chili Peppers e traz um trabalho primoroso de Flea, porém o maior destaque é o vocal de Anthony Kiedis que nos versos da música canta com um tom extremamente grave conferindo a canção uma conotação meio sexual, a quebra de ritmo durante a música com a banda esbanjando energia nos instantes do refrão também é incrível.
Na sequência vem “Under The Bridge”, a balada que indelevelmente se tornaria uma das marcas registradas da banda e que traz a tona a mais bela composição do disco, narrando à estória do período em que Anthony Kiedis se envolveu com as drogas mais pesadas e teve de passar por um processo de recuperação. Atenção para os vocais no fim da canção, uma dos melhores harmonizações em todo o disco.


“Naked In The Rain” mostra a cozinha do Red Hot Chili Peppers dando um show à parte e mostrando que Flea e Chad Smith seguramente formam uma das parcerias mais bem sucedida parcerias na história do Rock & Roll, faixa bem agitada.
“Apache Rose Peacock” mantém as mesmas qualidades da faixa anterior, com uma forte batida Funk.
“The Greeting Song” é uma faixa bem alto astral com uma batida e vocais um pouco mais acelerados e que dá uma reduzida de ritmo nos instantes do refrão, grande música, mas não chega a se destacar no álbum.
A próxima canção “My Lovely Man” traz um excelente trabalho de Chad Smith na bateria, que é enfatizado pela melodia mais pobre da música, que ainda ter um incrível solo de guitarra quase na metade da canção.
“Sir Psycho Sexy” é outro clássico absoluto da banda, embora menos conhecido do público, trazendo uma batidão funk alucinante, com direito a mudanças de ritmo nota dez no meio da canção, um coro de vozes extremamente bem humorado no refrão e um excepcional trabalho de Frusciante na guitarra. Atente para a parte instrumental ao final da canção outro grande destaque.
Para finalizar uma faixa bem humorada “They're Red Hot” trata se de uma versão tresloucada, com Anthony Kiedis cantando em uma velocidade absurda, tornando incompressível o que está sendo dito na música. E assim termina um disco onde a percussão industrial se encontra com o flamenco , incorporava um ultrafunky que era novidade na época e assim estas 17 músicas se tornam incentivos para toda a vida.


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