Quando uma banda, independente de estilos ou rótulos, vem de uma seqüência crescente de qualidade a cada disco, cada lançamento gera expectativas, afinal, não é tão comum nem fácil manter esta constante qualidade.
Após o "In Absentia", o Porcupine Tree lança em 2005, outro excelente trabalho, por algums considerado até mesmo o melhor da carreira deles, intitulado "Deadwing", que seguiria a mesma linha de seu antecessor.
O novo trabalho desses ingleses, intitulado de "Fear Of A Blank Planet", desenvolve a mesma linha desses últimos dois álbuns, mostrando um Porcupine um pouco mais pesado e mais técnico, porém ainda muito mais progressivo que metal.
O álbum abre com a faixa-título, uma rápida introdução ao violão logo dá espaço ao peso característico da guitarra de Steven Wilson, bem como sua bela voz e interpretação, além da ótima levada de Gavin Harrison nas baquetas. A canção encerra com uma melancólica e contrastante levada nos teclados de Richard Barbieri.
Esta primeira faixa, além de possuir uma letra um pouco forte e polêmica para os mais conservadores, também teve seu vídeo-clipe censurado, pois dentre várias cenas, como jovens adolescentes ingerindo o que seriam pílulas antidepressivas e praticando atos de vandalismo e violência, a cena final é a que mais choca, pois mostra um jovem com uma arma na mão em direção à escola, o que fica bem mais intensificado pelo caso já ocorrido neste ano nos EUA. Mas é importante deixar claro que a idéia do clipe e da musica, de forma alguma é incentivo ou apologia, como pode ser interpretado erradamente. Neles, simplesmente é retratado algo que pode ser real. O vídeo em questão pode ser conferido na internet.
Bem, voltando ao álbum em si, a segunda faixa, “My Ashes”, é uma agradável balada, levada nos teclados de Barbieri e no violão de Steven Wilson, com uma ótima cadência progressiva, lembrando bastante as baladas dos álbuns Stupid Dream e Lightbulb Sun. “Anesthetize” é a terceira faixa do álbum, trata-se de uma fantástica suíte com mais de dezessete minutos, iniciando de forma lenta, depois ganhando peso, tendo inclusive um dos trechos mais pesados de toda a carreira do Porcupine Tree. Contando com a ótima interpretação de Steven Wilson nos microfones, a parte intermediária da musica além do peso já mencionado, conta com um belo refrão, e depois termina numa ultima parte melancólica e progressiva. O álbum segue com a balada “Sentimental”, que conta com uma letra um tanto triste e melancólica, destaque nessa faixa para a ótima levada de Barbieri nos teclados, fazendo praticamente toda a base da musica.
A quinta faixa, “Way Out Of Here”, inicia com um clima bastante progressivo, lembrando novamente os primórdios do Porcupine Tree. Porém logo chega o pesado refrão, que se mantém até o belíssimo solo de guitarra de Steven Wilson, que conduz a musica cada vez mais pesada, e incrivelmente, sempre progressiva. Esta canção alterna bastante entre o peso e um ambiente mais “space rock”. É a faixa mais pesada, e talvez, ainda assim, a mais progressiva do álbum.
“Sleep Togheter” encerra o álbum com o peso característico dos dois álbuns anteriores, lembrando bastante, por exemplo, “Strip The Soul” do álbum “In Absentia”.Enfim, todas as musicas são ótimas, mas destaco que todas estão dentro de um contexto no álbum e é bastante interessante apreciá-lo como um todo e não só as musicas isoladas, isto torna mais claro o conceito da obra. Imperdível este álbum, impossível definir se é ou não melhor que o anterior, “Deadwing”, mas é no mínimo equivalente.Obrigatório.
Músicas :
1. Fear of a Blank Planet (7:28)
2. My Ashes (5:07)
3. Anesthetize (17:42)
4. Sentimental (5:26)
5. Way Out of Here (7:37)
6. Sleep Together (7:28)
2. My Ashes (5:07)
3. Anesthetize (17:42)
4. Sentimental (5:26)
5. Way Out of Here (7:37)
6. Sleep Together (7:28)
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